Sendo até hoje o maior porto do Mediterrâneo, Gênova se orgulha de sua tradição como centro de comércio internacional.  Mesmo sem a popularidade de outras cidades italianas como Roma ou Florença é um destino que surpreende pela beleza de seus ricos palácios, seu Centro Histórico e sua fantástica gastronomia.

Em uma cidade tão profundamente ligada ao mar e à navegação, como Gênova, terra natal do explorador Cristóvão Colombo, nada mais natural que tantas atrações turísticas estejam próximas ou ao longo do litoral como o mais que interessante espaço de lazer no Porto Antigo.

Assim como aconteceu com zonas portuárias de outras cidades, o projeto de revitalização da orla de Gênova foi um sucesso.  Com enorme variedade de atividades de lazer e cultura, um dos destaques é o Galata Museo del Mare que brilhantemente reverencia a vocação marítima da região.

O Galata Museo del Mare é o maior e um dos mais importantes museus da região do Mar Mediterrâneo.  Com um ótimo acervo e modernos recursos de interatividade distribuídos em quatro andares abordando a antiquíssima relação entre o homem e o mar.

O percurso que inicia no primeiro piso mostra a estreita ligação entre Gênova e o mar e a importância de Cristóvão Colombo para a navegação. Seguindo uma ordem cronológica, à medida que se sobe, são mostradas as evoluções dos instrumentos náuticos e das técnicas de construção das embarcações até chegar aos submarinos.

Ainda que com boa quantidade de maquetes, antigos e bonitos mapas além de obras de arte, o que mais seduz o visitante são as atividades interativas. Réplicas em tamanho real de um galeão do século 17 e de uma escuna do século 19, que podem ser exploradas por dentro, mostram com recursos de luz e som como era o cotidiano da vida de quem trabalhava a bordo nas embarcações.

Na “sala da tempestade” com projetores em 4D, sons de vento e água que respinga em um barco que balança com o movimento das ondas, é possível passar por uma vívida experiência de ser um náufrago enfrentando uma tempestade em alto mar.

      

Pouco antes de chegar ao último andar, o visitante recebe um “passaporte” e uma “passagem” para embarcar no navio a vapor “White Star” do século 20. A exposição mostra com riqueza de detalhes o contraste entres as classes de passageiros e as diferentes condições em que os imigrantes italianos que seguiam para a América viajavam naquela época.

O final do percurso mostra a situação da imigração na Itália do século 21 quando passou a receber imigrantes africanos que arriscando suas vidas atravessam precariamente o Mediterrâneo, buscando, como os italianos de outrora, melhores condições de vida.

O museu Galata é grande e ainda que muitas legendas sejam apenas em italiano, não chega a comprometer o entendimento. Por ser altamente instigante, a visita acaba demorando mais do que inicialmente se estima.  Por causa disso, apesar do horário de fechamento tardio, não tive a oportunidade de visitar o submarino Nazario Sauro ancorado perto da entrada nem desfrutar da vista panorâmica do porto e da cidade antiga no terraço do nível superior.

O endereço do Galata Museo del Mare é Calata de Mari, 1(Darsena-Via Gramsci) e a estação de metrô mais próxima é a Darsena. Para informações pormenorizadas, horários e tipos de ingressos, consulte:http://www.galatamuseodelmare.it/jsp/index.jsp