Caminhar é uma das coisas mais agradáveis que existe. Quando viajo de ferias, a fissura de visitar as atrações me leva a exageros e, lógico, cansaço. Como não quero perder nada, descobri que o remédio é fazer pausas, em locais aprazíveis, para recarregar as baterias e seguir adiante. É um agradável circulo vicioso. Muitas vezes a busca desse recanto aumenta a caminhada, mas o esforço é sempre recompensado.
Vondelpark, Amsterdam, Holanda
A escolha quase sempre recai em um parque ou um jardim, que oferece a oportunidade de sair um pouco do ambiente barulhento e ver o lado tranqüilo da cidade: as árvores, os canteiros de flores, os animais e os freqüentadores.
London Bridge City Pier, Inglaterra
Observar mães levando suas crianças para brincar e pegar um pouco de sol, pessoas dando uma pausa no trabalho e almoçando nos bancos, idosos alimentando esquilos ou jogando é zen para caramba.
Square du Temple, Paris, França
Uma parte divertida dessa sessão relax é observar as estátuas, lagos, chafarizes, pontes e descobrir que em muitos jardins e parques ainda existem coretos ou quiosques. Eles provocam uma espécie de nostalgia de tempos não vividos.
Berlage Kiosk, Buitenhof, Haia, Holanda
As praças eram antigamente o ponto onde as pessoas se reuniam nas cidades. Muitas delas cresceram ao seu redor. É na praça que os amigos se encontravam. É para onde nos sábados as moças e rapazes perfumados e produzidos seguiam para verem e serem vistos.
Newport Place, Londres, Inglaterra
E no meio das praças, os coretos. Cada cidade orgulhosa de possuir o mais bonito, o mais original ou o maior. Esses coretos tinham uma função agregadora. Eram espaços construídos para a apresentação de concertos musicais e também funcionavam como palanques para comícios ou manifestações políticas.
Jardim da Estrela, Lisboa, Portugal
Essas românticas divagações são um bálsamo para os pés cansados de um turista. É um colírio para os olhos observar os quiosques a embelezar a paisagem.
Mas o viajante e poeta, agora descansado sabe que precisa prosseguir. Ele se lembra que muitas prefeituras não só preservam o patrimônio arquitetônico de suas praças como também agregam recursos do mundo moderno como a disponibilização de wi-fi em seus espaços públicos.
Promenade Peyrou, Montpellier, França
O lirismo passageiro então se rende às questões de ordem prática. Porque não usufruir da comodidade e mandar notícias para os que ficaram em casa? É hora de aproveitar o acesso gratuito à Internet, para postar as fotos da praça e daquele quiosque ali na frente antes de voltar para o “batente”.
Parc Laberint d´Horta, Barcelona, Espanha
Aproveite para visitar e colaborar com esse sítio com belas imagens de quiosques: