Conhecendo os sete mares no Oceanário de Valencia

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Valencia é uma linda cidade e um destino turístico muito procurado na Espanha. Recheada de atrações, vida noturna animada e bonitas praias, é uma querida entre os europeus. A cidade também é muito visitada no mês de março quando acontece a grandiosa festa “las Fallas”.

Centro de visitantes

Apesar de tantos bons motivos para uma visita, confesso que a principal razão de minha ida era conhecer a maravilhosa “Cidade das Artes e das Ciências”, um enorme complexo, pólo de atrações culturais, com um magnífico projeto do arquiteto valenciano Santiago Calatrava.

Focas

Uma visita com tudo o que tem direito à Cidade das Artes e das Ciências pode tomar uns bons dois dias, e vale à pena. Com uma permanência pequena na cidade, foi preciso fazer uma “escolha de Sofia”. Decidimos começar pelo parque L’Oceanogràfic e tentar ver o resto dentro de nossa limitação de horário, já que tínhamos um vôo às seis da tarde. Apesar de demorar mais tempo do que imaginávamos no Oceanário, deu para visitar tranquilamente o Museu das Ciências.

Pinguins nojentos

Na véspera já tínhamos feito uma incursão noturna na área e ficamos maravilhados com o que no esperava. Os ingressos para o Oceanário são caros, mas diversas combinações com outras atrações do parque são possíveis e acabam ficando vantajosas. Como nossa visita foi fora do verão, compramos no próprio dia da visita os ingressos para o Oceanário e o Museu das Ciências. Quem está programando ir no verão ou em um fim de semana deve considerar com muito carinho a compra antecipada: As filas e o calor são grandes.

Tubarão Grandão

L’Oceanogràfic é um edifícios que compõem a Cidade das Artes e Ciências. O fantástico parque marinho é o maior oceanário da Europa. Projetado por Félix Candela, esse enorme aquário subaquático é formado por pavilhões separados. Cada um reproduz fielmente os diferentes “habitats” dos sete mares do planeta.

Peixes

Dá para perceber que a flora e a fauna do Ártico, da Antártida, do Mar Vermelho, do Atlântico tropical, do Oceano Indico e Mediterrâneo são diferentes. Além dos aquários, há um enorme lago central com focas e outros animais marinhos, além de um imenso viveiro com pássaros. A ligação entre os pavilhões é feita por pontes flutuantes e caminhos ajardinados.

Aviário

É uma sensação incrível passar pelo enorme túnel de vidro e observar os tubarões passeando em cima de nossa cabeça. Maravilhoso ver as baleias, morsas e pinguins nadando nos imensos tanques e o hipnotizante bailado das águas-vivas. Dá vontade de não sair mais de lá.

Túnel com tubarões

Para completar o programa, não poderia faltar a apresentação dos golfinhos em um tanque transparente. Os espetáculos duram meia hora e algumas crianças da platéia são convidadas para brincar e fazer carinho nos golfinhos que sobem em uma rampa para uma interação esperta e, para sossego das mamães, pouco molhada.

Águas-Vivas

O Oceanário fica no Camino de las Moreras s/n. Funciona todos os dias a partir das dez da manhã. Na temporada alta, julho a setembro, até a meia noite. No resto do ano o horário de fechamento sofre algumas modificações.

Show de Golfinhos

Para chegar lá utilizando transporte público, consulte o sítio da EMT. Diversas linhas de ônibus (19, 35, 95 e 40) passam na entrada, tanto na ida como na volta. A linha 35 é particularmente interessante para quem está próximo à central Plaza del Ayuntamiento.

Show de Golfinhos

A estação de metrô mais próxima é a Alameda, nas linhas 3 e 5. Fica um pouco distante, mas se o calor não estiver muito forte, é uma boa oportunidade de ver a bonita estação, a Passarela de La Exposición, e caminhar uns vinte minutos pelos agradáveis Jardines del Turia. Aproveite para fazer uma pausa e tome um café ou um refrigerante no Palau de La Musica.

6 thoughts on “Conhecendo os sete mares no Oceanário de Valencia”

  1. Ola,

    Estou em Barcelona e quero passar 1 dia em Valência. Quais sao os principais pontos turísticos?? É possível fazer bate volta?

  2. Oi Luciana,

    É possível fazer um bate e volta de Barcelona para Valencia, mas acho um pouco puxado: a viagem de trem demora cerca de três horas saindo da Estação de Sants e chegando em Valencia Nord, razoavelmente próxima do “centro histórico”. É pouco tempo de permanência para aproveitar um lugar tão interessante. Bom seria ao menos um pernoite na cidade para também conhecer a Cidade das Artes e Ciências.

    Com tão pouco tempo de visita, fica difícil arriscar palpites para atrações turísticas. Dê uma olhada no sítio do Ofício de Turismo de Valencia (http://www.turisvalencia.es/en/discover-valencia/must-sees) onde obtive a maioria das informações que precisava quando preparava o meu roteiro.

  3. Não visitem esse oceanário. Eles fazem shows com golfinhos. O que isso lembra? Isso mesmo, Sea World. E a gente sabe como os animais são maltratados pra fazer esses espetáculos. Eu fui no oceanário de Lisboa e recomendo, lá não tem esses shows. Mas esse daí não vai receber um centavo meu. Não financio sofrimento de animais.

  4. Oi, Pedro

    Apesar das intensas ações de grupos ambientalistas, o que praticamente acabou com a captura de animais, a situação dos golfinhos, a maioria nascida e criada em cativeiro, é desoladora e meio sem saída. Além dos sofrimentos, estes animais têm seu instinto de sobrevivência embotado e ficariam completamente indefesos se lançados ao mar.

    Moradora do Rio de Janeiro, acompanho com admiração um trabalho muito bacana da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, que monitora os animais, e penso também no triste destino dos golfinhos livres da Baia de Guanabara, cuja população está quase totalmente desaparecida não só por causa da poluição, como pela capacidade de reprodução comprometida pela desorientação provocada pelo excesso de barulho das embarcações.

    Concordo em parte com você, já que neste específico complexo em Valencia, o oceanário e seu delfinário sejam apenas uma entre tantas alternativas de arte e cultura – e sem mencionar o magnífico projeto de Santiago Calatrava, que vale ser visto mesmo que de fora. Penso também (e procurei fazer bem a minha parte), que no processo de educação de uma criança deve haver uma honesta orientação que na vida existe uma relação direta entre causa e efeito. Isto serve para tudo, inclusive para pensar no preço que os animais pagam para que tenhamos alguns momentos de alegria fugaz, seja na forma de um espetáculo, um patê chique, um perfume, um sapato, um queijo feito com coalho animal e tantos outros.

  5. Olá,

    É muito fácil escrever sobre Valencia – é uma cidade muitíssimo interessante.

    Muito obrigada pelo incentivo.

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