Viajar para alguns países envolve certa apreensão com relação à comunicação com os nativos. Mesmo quem domina a língua inglesa, não está livre de saias bastante justas. No interior da Europa Central ou da Turquia, por exemplo, as coisas não são muito fáceis – Mas de forma alguma impossíveis.
Muita gente, (muita gente mesmo), abre mão da independência e opta por excursões engessadas, com medo de ir para uma cidade estranha com gente esquisita e com avisos, letreiros de lojas e placas em hieróglifos. Que tal mudar um pouco o ponto de vista e considerar isso um estimulante desafio para aprender mais sobre culturas diferentes?
Sair do circuito Helena Rubenstein por suas próprias pernas pode conduzir a lugares e experiências de excepcional beleza, além da liberdade de poder visitar o que se deseja pelo tempo que bem entender, sem um chato ou chata buzinando no seu ouvido em três línguas que aquela ponte é uma ponte.
É impossível alguém se perder depois do celular e do GPS. Todo vilarejo no mundo tem um shopping com McDonalds, C&A, Acessorize, etc. A Internet igualou todos nós aqui no planeta. Depois da ferramenta de idiomas do Google ninguém tem mais a esfarrapada desculpa de não saber o que quer que seja, mesmo que seja em sânscrito arcaico.
Para diminuir o frio na barriga de não entender lhufas de um idioma, é bom minimamente sair de casa sabendo como se entra e se sai da cidade. Saber o telefone da polícia, do bombeiro, de um hospital, onde se encontra uma farmácia de plantão. Fundamental é dizer ou escrever em um papel algumas palavras chave como, por favor, obrigado, entrada, saída, sim, não e socorro. Não esqueça também daquelas que viabilizam a sua continuidade no planeta: Alérgicos a pimenta, aprendam como é pimenta em javanês; Diabéticos, saibam como é açúcar em vêneto. E por aí vai.
Além dos diversos aplicativos para telefones que traduzem textos, áudios ou imagens na câmera, para os que preferem um método mais tradicional (como imprimir algumas expressões), existe uma infinidade de glossários para turista. Basta um prosaico clique no mouse depois de digitar, por exemplo: “estoniano básico”, “frases em gaélico “, “vocabulário turco para turistas” ou “palavras úteis em croata”.
Caso não tenha tempo para pesquisas, lance mão do bom e velho plano B: Sorriso é a linguagem universal mais entendida no planeta, e o dedo indicador é uma maquina com miraculosa precisão. Um lembrete: Tenha cuidado com alguns gestos que aqui são banais e que lá fora podem ter outro significado.