Uma fórmula adotada por boa quantidade de cidades para incentivar visitas a seus museus, monumentos e outras atrações, são os passes turísticos. Normalmente abrangendo transportes públicos e uma série de descontos em restaurantes e lojas, podem, dependendo dos planos e pretensões de cada um, ser uma boa pedida ou um excelente negócio apenas para quem os vende.
Apesar de encher os olhos com uma longa lista de abatimentos, entradas gratuitas, ingresso sem filas e transporte ilimitado, muitas vezes o visitante está realmente interessado em dois ou três museus. Somando o valor destas atrações às passagens necessárias durante a estada, a compra direta acaba saindo mais barata, e sem o estresse de se obrigar a para justificar o gasto com um passe.
Confesso que por preguiça, insegurança ou olho grande, já comprei alguns passes desnecessários (O maior fiasco até agora foi o passe banheiro em Veneza – sequer utilizei). Porém, existem situações em que um passe se encaixa perfeitamente ao roteiro, como aconteceu com o “Roma Pass” em uma visita à capital italiana.
O preço do “Roma Pass”, com validade de três dias consecutivos, corresponde ao valor aproximado da entrada de dois museus ou monumentos. Considerando que ele concede gratuidade nas duas primeiras visitas, descontos nas subsequentes e transporte público ilimitado, ainda que se vá a duas atrações (algo difícil em Roma), o custo já estará compensado.
O “Roma Pass” é vendido nos diversos Pontos de Informação Turística na cidade, e nos próprios museus ou monumentos, podendo também ser adquirido online, como fiz. Marquei a data para a coleta no posto da estação de Termini no dia seguinte ao da chegada, pois sabia que o primeiro dia seria dedicado a ver as obras de arte nas igrejas e caminhar. A única despesa que tive foi uma passagem de ônibus.
O passe é ativado na primeira atração visitada e o Coliseu foi o meu escolhido. Era uma segunda feira, dia em que a esmagadora maioria dos museus em Roma está fechada. Embora já soubesse previamente que o Roma Pass dava acesso prioritário, ao entrar, vendo a fila para a bilheteria, percebi que tinha acabado de ganhar algumas horas em minha vida. A entrada para o Coliseu compreende também a visita ao Museu Palatino e o Foro Romano.
Atualmente existem duas versões do “Roma Pass”: A de 48 horas, que dá direito a gratuidade no primeiro museu ou atração visitado e o de 72 horas, com as duas primeiras visitas grátis além dos descontos e transporte ilimitado durante o período de validade. Além dele, existem outros passes cuja escolha depende do tipo de atração que se quer visitar.
Aqueles que têm Roma Antiga como foco, devem dar uma espiada no passe “Archeologia Card” e no “Circuito dell’Appia”. Quem quer apenas visitar os museus Capitolini, o “Capitolini Card”, com validade de sete dias consecutivos pode ser útil. Há também “Biglietto 4 Musei”, válido por três dias consecutivos para os Museus Nacionais de Roma, um ótimo negócio – veja o post.