Por ser endereço de marcos importantes da cidade de Paris, como a Conciergerie, a Sainte-Chapelle e a Catedral de Notre-Dame, é raro um turista não conhecer a Île de la Cité e entre uma atração e outra não passar pela Place Louis Lepine, onde funciona o mercado de flores.
Muitas vezes na pressa de entrar nos monumentos, o visitante passa batido pela praça e deixa de conhecer o maior e mais antigo mercado de flores de Paris, o último do gênero. Com sua configuração parcialmente coberta, é um lugar único e um pitoresco legado do início do século dezenove.
Dedicado às flores, o mercado que funciona desde 1808 é formado por três pavilhões paralelos com estrutura em ferro fundido, formando entre eles estreitas passagens. Com paredes em vidro, cada um dos estantes é praticamente uma “mini estufa”. Como parte da mercadoria fica exposta fora da loja, percorrer os corredores entre flores e plantas é uma experiência colorida, cheirosa e relaxante.
Em 2014, durante a comemoração do 70º aniversário do “Dia D”, Paris recebeu a visita da rainha britânica Elizabeth II. Em sua homenagem, o antigo mercado foi rebatizado e seu nome oficial agora é “Marché aux fleurs Reine Elizabeth II”.
Aos domingos, as bancas de flores cortadas são substituídas pelo “Marché aux Oiseaux”, especializado em aves e até pequenos roedores e peixes. Para quem gosta de animais engaiolados, é uma interessante exposição de espécies raras e uma oportunidade de comprar acessórios como gaiolas e rações.
As bancas dedicadas a plantas e arbustos ornamentais, mudas e flores em vasos também funcionam aos domingos, oferecendo também floreiras, vasos, sementes e ferramentas de jardinagem. Os vendedores são amistosos e explicam com muito boa vontade como cuidar corretamente das plantas.
Embora um turista não possa trazer para casa plantas ou sementes (serão apreendidos), o mercado oferece uma enorme variedade de objetos decorativos e livros de jardinagem que vão embelezar a casa ou a varanda de quem gosta de plantas. Com preços abordáveis, são ótimas sugestões de presentes e uma alternativa criativa para substituir as echarpes e camisetas “I love Paris”.
Quem visita a cidade no mês de dezembro, deve passar por lá e conhecer o variado sortimento de guirlandas, enfeites e originais itens de decoração natalinos a preços corretos. Embora enfrentando o frio, já que o mercado é ao ar livre, no período mais próximo ao Natal, dá para fazer compras interessantes sem o estresse das lojas.
Apesar de ainda existam os mercados de flores da Place des Ternes e o da Place de la Madeleine, estes não passam de uma sucessão de floristas, igual a qualquer loja do planeta. O “Marché aux fleurs” da Île de la Cité é o único remanescente em Paris do gênero.
O “Marché aux fleurs Reine Elizabeth II” funciona todos os dias da semana. De segunda a sábado das 08h00 às 19h30 e aos domingos, quando também tem lugar o “Marché aux Oiseaux”, até as 19h00. A bonita saída “Art Nouveau” da estação de metrô Cité na linha 4 fica exatamente na Place Louis Lepine. Não tem como errar.
lindo este lugar!! só conhecia os floristas das praças de Ternes e Madeleine. Vou anotar a dica para a próxima viagem.. gostei!
Desculpe a demora, Dan
Nem sempre consigo wifi decente quando longe de casa…
É muito fácil dar uma passada por lá: Fica a uma quadra da Catedral de Notre Dame.
Gostaria de algumas orientações/dicas. Farei um cruzeiro no Mediterrâneo que termina em 23 de julho, na cidade de Veneza. Tenho mais uma semana. Pensei em Verona, Milão e Florença, explorando os arredores, com bate e volta.
Deixei dois dias para Milão, 2 para Verona e 3 para Florença. Nesses três dias de Florença, gostaria de ir à Montalcino e Montepulciano. Tinha muita vontade de conhecer cinque terre, mas acho que fica inviável, considerando os dias. O que vc acha?
Ah, desculpe, mais uma pergunta: trocaria Verona por cinque terre?
Abraço, Carmem.
Olá, Carmem
Sua viagem acontece em uma época bastante quente e, sendo alta temporada, os transportes,hospedagem e atrações são concorridos, o que pode demandar mais tempo para visitas ou passeios, além de uma definição prévia dos destinos pretendidos.
Fosse eu a viajante, diminuiria um pouco a quantidade de cidades e daria prioridade ao que tivesse mais interesse. Se sua vontade maior é conhecer Cinque Terre, aproveite e vá.. Construa o itinerário considerando seu ponto de saída da Itália. Se for Roma, por exemplo, tire Verona e Milão ficando com Cinque Terre e Toscana. Caso seja Milão ou Veneza, exclua a Toscana.
Visitar a Itália é um problema cuja solução é sempre satisfatória, não importa qual a decisão tomada. Apesar de sempre ser preciso abrir mão de alguma coisa, o que restar sempre valerá a pena. Poupe seu precioso tempo em menor quantidade de cidades – É muito mais interessante do que da janela de um trem.
Se tiver alguma dúvida, não hesite em voltar. Se possível, deixe a mensagem em um dos posts que escrevi sobre a Itália. Seu comentário pode ser útil para outros que buscam informações sobre este país.