Essa história aconteceu em Londres. O plano era perfeito: Como na véspera não conseguimos gravar o som das doze badaladas notúrnicas do Big Ben (A bateria acabou), gravaríamos as doze badaladas diurnas do Grande Big. Dali seguiríamos para o píer de Westminster, logo ali pertinho, para um passeio de barco pelo Tâmisa até a “Thames Barrier”, uma das maiores proteções contra enchentes do mundo.
Faríamos um piquenique em Greenwich, visitaríamos o Royal Observatory e na volta, já no centro, uma passada na loja da Twinins para recarga no estoque de chás.
Chegando ao Pier, compramos as passagens do barco. A ida até as barreiras não é direta: é preciso descer e tomar outro barco que sai e que volta para Greenwich. Até aí tudo bem. Sabíamos que era assim, portanto, tratamos de embarcar.
O passeio é mesmo muito legal. Rende belas fotos.
Passamos pela Tower Bridge com direito a um inédito ponto de vista.
Dá para ver Canary Wharf de maneira privilegiada- pena o dia estar tão feio, ventava muito, mas encaramos, por ser esse nosso último dia na cidade.
Uma hora depois da partida chegamos a Greenwich, um dos bairros mais pitorescos de Londres. Meu sonho de consumo era fotografar no Observatório de Greenwich um pé de cada lado.da linha que marca o grau zero do meridiano… de Greenwich.
Ao desembarcar, descobrimos que a saída do penúltimo barco para ver a Barreira do Tâmisa seria dali a uns vinte minutos, conforme o impresso no nosso ticket. Decidimos alterar os planos, deixando a exploração de Greenwich para a volta.
Demos uma voltinha de quinze minutos e entramos na fila para o embarque. A passagem para a Barreira foi conferida pelo funcionário que controlava o acesso às embarcações. Entramos, sentamos no barco e aguardamos a partida. Achamos esquisito ele manobrar e virar na direção oposta, mas sei lá, de repente isso fazia parte – Na Inglaterra o os carros não anda na direção contrária?
Aí ouvimos pelo o alto falante o comandante saudando os passageiros e informando a rota: Estávamos voltando para Westminster! Reclamamos, o erro foi admitido, mas não tinha como voltar, nem nos deixaram pular no rio. Pedir o dinheiro de volta só iria atrasar mais ainda a vida… Rapidamente (sim, somos espertos) traçamos um plano B: saltar em um píer mais adiante e pegar o metrô DLR para Greenwich,
Furiosos, porém velozes, descemos em St. Catherine Docks, corremos até a estação Tower Gateway para pegar o metrô até Greenwich e de lá tentar pegar o último barco para as barreiras. Só que a estação Tower Gateway estava, na época, fechada para obras: Já era, mesmo!
Os nativos que passavam por perto tiveram um curso relâmpago inteiramente grátis de expressões não muito gentis em português. Alguns postes e hidrantes foram reichianamente socados. Com a serenidade recuperada, decidimos cumprir a última etapa do último dia da visita a Londres, comprar chás. Conseguimos chegar à loja da Twinings às 17:13h, para descobrir que estava fechada. Repare a hora no telefone na imagem abaixo:
Desnecessário dizer que aquele céu cinza na maioria das fotos logo se converteu em chuva torrencial.
Passeio de barco no Tâmisa:
http://www.thamesriverservices.co.uk/index.cfm
Em Greenwich:
http://www.nmm.ac.uk/places/royal-observatory/
O chá: