Praga, capital da Republica Tcheca, é uma verdadeira jóia encravada no centro da Europa. Concordando com muitos, acho que é uma das cidades mais bonitas que conheci.
Por todos os cantos paira uma atmosfera de magia e mistério, reforçada pelas inúmeras lendas e histórias que o povo desta antiquíssima cidade sempre gostou de cultivar.
Consta que o projeto da Cidade Nova (Nové Mesto), feito por encomenda do imperador Carlos IV, (o da ponte idem, considerada a mais linda do mundo) foi inspirado nas cartas celestes.
O imperador Rudolf II, da família dos Habsburgos, mecenas e incentivador das artes, era fascinado por astrologia e alquimia, e a arquitetura do tempo de seu reinado reflete este tipo de influência. Quem gosta de procurar simbolismos ocultos, a cidade é um prato cheio.
O nível de preservação do patrimônio é uma algo que impressiona em Praga. Por não ter tido importância estratégica, ficou livre de danos da II Guerra Mundial, e as inúmeras ruelas e construções dos bairros medievais, podem até hoje ser apreciadas.
Por um bom tempo, durante os anos da ocupação socialista, ficou escondida dos turistas que ficaram privados de conhecer essa magnífica cidade.
Hoje, só de vingança, ela vive entupida de visitantes de todas as partes do mundo. A cidade é mesmo uma preciosidade: Não é à toa sua presença na lista do Patrimônio Mundial da UNESCO.
Praga ainda guarda em seus prédios resquícios dos tempos medievais: fachadas decoradas com emblemas, relevos e figuras sobre as portas indicando o ofício de seus ocupantes, e nas esquinas figuras ou imagens religiosas para proteger e espantar os maus espíritos e/ou visitantes mal intencionados.
Mesmo com o passar do tempo o costume não foi abandonado. Alguns prédios modernos dão continuidade à tradição. Portanto, o aviso está dado: não vacile na curva – “eles” estão de olho em você.