Conhecer um país diferente é uma experiência que aguça todos os nossos sentidos. Com tempo à nossa disposição e longe de casa, é o momento de esquecermos nossos problemas e obrigações e colocarmos para trabalhar o tato, a visão, a audição, o olfato e o paladar.
O contato com tanta cultura, tantos monumentos, tantas caminhadas, provoca além de um cansaço superável, uma fome avassaladora. É hora de viajar no fantástico mundo da culinária. Conhecer novos pratos, sabores incomuns em ambientes diferentes é uma das melhores partes do passeio.
Depois de se acabar encarando todas as comidas de rua, almoçar e jantar em uma penca de restaurantes surge uma terrível preocupação: O que fazer se bater uma fominha no meio da madrugada?(Esse negócio de mudança de fuso desacerta o sono…)
A solução está em uma palavrinha mágica: Supermercado. Melhor que muitos museus e monumentos, esse fantástico parque temático é um universo a ser explorado. Em um único lugar, ao alcance das mãos, barras e mais barras de chocolate, vinhos, queijos, patês, pães, presuntos especiais…
Entrar em uma loja dessas é um caminho sem volta: vicia. Parece que se está ingressando em uma imensa “deli”, só que com preços de supermercado. Se sentir como um local comprando prosaicamente seu alimento não tem preço. Aliás, tem sim: é barato.
Supermercado é muito prático. A disposição dos produtos nas prateleiras é universal. Não existem barreiras linguísticas. (Confesso que já comprei mel em doses individuais na Grécia e abrindo os potinhos, descobri que era leite evaporado).
É muito bom voltar no fim do dia ao hotel para descansar e antes de sair para jantar, tomar um vinho acompanhado de uns cinco queijos maravilhosos apreciando a cidade pela varanda sem os sapatos. Se a fome for para o espaço, tudo bem. O tempo que se passaria no restaurante pode ser trocado por um calmo passeio noturno.
A grande maioria dos restaurantes em locais turísticos na Europa trabalha com a idéia que é também uma atração e que seus clientes não têm pressa. O serviço lento está incluido no pacote. Fazer piqueniques em parques e jardins bucólicos na hora do almoço é ótima opção para ganhar tempo, economizar dinheiro e descansar.
Supermercado é um grande aliado na vida de um turista. É lá que você vai encontrar o cotonete que não seguiu na bagagem (e que você não saberia pedir em uma farmácia na Turquia) até a preciosa garrafa de água custando dez vezes menos do que em um bar, com direito a escolha de marca, tamanho e até sabor.
Para lançar mão dessa “atração turística” é bom procurar saber o nome de algumas redes de supermercados e os horários médios de funcionamento. É muito comum o fechamento em torno de oito horas da noite. A esmagadora maioria não funciona aos domingos. Em alguns países, como na Espanha, muitos fecham durante o horário da “siesta”.
A cada viagem que faço, percebo o aumento de mini filiais de grandes redes de supermercado em um conceito parecido com o das lojas de conveniência. Essas lojas abrem todos os dias da semana e até bem tarde da noite. Apesar de terem os preços um pouco mais altos que as convencionais, são um tremendo quebra-galho. É cair de boca.