Não fosse o ser humano tão curioso, provavelmente não existiria o turismo. Buscar novidades e querer saber o que anda acontecendo faz parte de nossa natureza. Para alimentar esta necessidade, desde o tempo das cavernas, quando as notícias eram divulgadas por pinturas, as formas de comunicação não pararam de evoluir.

Depois da invenção da imprensa, a propagação em massa não parou de crescer, não apenas em quantidade, mas em velocidade. Hoje em dia, qualquer fato que aconteça no planeta, pode ser acompanhado em tempo real no telefone, no computador ou na televisão. Depois da Internet, os jornais impressos perderam o ineditismo e cortam um dobrado para se manterem vivos.

Contraditoriamente, uma instituição tão antiga como as bancas distribuidoras de jornal nem parece se abalar. Fazendo parte da paisagem de qualquer cidade, este nem um pouco nostálgico comércio soube acompanhar as mudanças e, por isso, consegue manter-se firme e forte.

É curioso reparar como a aparência das bancas de jornal pouco varia no mundo. Quase todas são como uma grande caixa de metal, com uma abertura frontal e o espaço totalmente usado para mostrar os produtos ali oferecidos. Muito além de simples fornecedoras de jornais, as bancas são verdadeiras lojas de conveniências.

Algumas bastante caídas, outras grandes e luxuosas, sua existência em um padrão planetário faz parte das referências de qualquer pessoa. São lugares capazes de fazer um viajante acometido de melancolia se sentir acolhido. Ele vai folhear uma revista, comprar uma barra de cereal, uma bebida e, por mais esquisita que seja a cidade, vai se sentir como se estivesse na esquina de casa.

Bancas de jornal são enormes aliadas de um turista. Identificá-las é mole e existem em abundância. Quem esqueceu de levar, provavelmente vai encontrar acessórios de cutelaria, lanternas, pilhas, mapas e guias. Se o calor é forte, tem água gelada e, em alguns casos, até sorvete. Está caindo um toró? Tem guarda chuva ou uma capa plástica descartável. Passagens para ônibus ou metrô, chips, cartões telefônicos para ligações internacionais, postais e lembrancinhas engordam a lista.

Uma banca de jornal é um verdadeiro cinto de utilidades que deve fazer parte da relação de “planos B” de todo viajante. Além de oferecer uma grande variedade de acessórios pau para toda a obra, e num horário de funcionamento normalmente extenso, pode também desempenhar o papel de ponto informal de informação turística.