Considerada a capital mundial da arte, Florença soube manter inalterado o esplendor do passado. Mesmo atraindo multidões de turistas em busca de suas fabulosas obras-primas e sua arquitetura magnífica, a cidade conhecida como o berço do Renascimento não permaneceu deitada em cima dos louros.
Honrando sua histórica vocação Florença continua sendo um importante centro difusor de cultura na Itália. Com concorridos festivais de música, dança teatro, exposições e outras manifestações, a cidade sabe de longa data que arte não fica parada no tempo. É importante evoluir dando também espaço para o novo, como o excelente museu de arte contemporânea Marino Marini.
Nascido em Pistoia, na Toscana, Marino Marini foi um dos mais célebres escultores da Europa no século 20. Apesar de sua formação como pintor, o artista é mais conhecido por suas esculturas e pela sua obsessão pelo tema cavalos e cavalheiros, e suas “Pomona”, as deusas etruscas da fertilidade.
Ainda que os trabalhos de Marino Marini possam ser admirados em outros importantes museus na Itália, nenhum reúne uma coleção tão numerosa deste artista. A maior parte das peças foi doada a Florença pelo próprio antes de sua morte em 1980 além de outras depois dela por sua viúva, Mercedes Pedrazzini.
O local escolhido para abrigar o acervo foi a antiga igreja de San Pancrazio, em pleno Centro Histórico de Florença. Com projeto dos arquitetos Bruno Sacchi e Lorenzo Papi, o interior passou por uma grande transformação, sendo criados diferentes níveis interligados por passagens, plataformas e escadarias.
A coleção composta de esculturas, desenhos e gravuras é disposta de acordo com o tema, ao invés da habitual ordem cronológica. Com uma belíssima iluminação natural durante o dia, os trabalhos podem ser apreciados em todos os ângulos, inclusive de diferentes pontos de vista, a partir de um de seus três níveis.
Este museu é uma grata surpresa em uma cidade sempre tão cheia de filas. O lugar é tranquilo, a qualidade do trabalho de Marino Marini é notável, o espaço é fabuloso e, como diz o título do post, ainda tem mais para ser conhecido.
Na antiga cripta no subsolo do museu funciona um esplêndido espaço de artes dedicado a exposições temporárias de artistas contemporâneos, todas de excelente nível. O espaço é também utilizado pelo departamento de educação para bons programas de atividades oficinas e atividades para crianças e adultos com particular atenção a pessoas com deficiência.
Para completar, uma joia da arte renascentista mantida pelo Museu Marino Marino: a famosa Capella Rucellai de 1467, uma obra prima de Leon Battista Alberto, que é uma rica reprodução em pequena escala do Templo do Santo Sepulcro de Jerusalém, para ser o túmulo do banqueiro Giovanni Rucellai, original da antiga igreja de San Pancrazio. O acesso à capela é por grupos de no máximo 25 pessoas a cada 30 minutos.
O endereço do Museu Marini Marino é na Piazza San Pancrazio, em pleno Centro Histórico de Florença e não funciona nas terças, domingos ou feriados. Informações sobre horários e preços: http://museomarinomarini.it/
Que ótima dica! Nao sabia sobre esse Museu do Marino Marini em Florença. Eu conheci uma obra dele , que fica na frente ao museu Peggy Guggenheim em Veneza. Não sei porque pensei q fosse espanhol (tóim!), hehe . Tô indo pra Florença e não vou perder! Valeu!
Valeu, Tania
Os trabalhos de Marino Marini são excepcionais e poder vê-los neste museu, uma antiga igreja adaptada com brilhante solução arquitetônica, é particularmente emocionante. Caso visitar Pistoia esteja em seus planos, conheça também a Fundação Marino Marino no Palazzo Comunale da cidade.
Oi Monica , voltei pra comentar e agradecer! Visitei o museu e adorei!! Foi realmente maravilhoso conhecer as obras de Marino Marini na bela transformação arquitetônica da igreja de San Pancrazio, além da Capela Rucellai. Ia seguir sua sugestão para ir à Pistóia, mas nao deu tempo. Voltarei! Grande abraço!!
Olá Tania,
Bom saber que você também gostou das obras e do museu. Visitar a Itália é realmente um grande estímulo para viajar: o tempo nunca é suficiente e, pode até demorar um pouco, mas a gente volta.
Obrigada pelo gentil retorno.