Quase sempre fora dos roteiros de quem vai passear pela Europa, Bruxelas, capital da Bélgica também capital da União Europeia, é uma boa pedida para um bate-e-volta a partir de Paris.
É também um interessante pit-stop para quem vai da capital francesa rumo à Holanda. Bruxelas fica exatamente no meio do caminho, e a viagem de trem, pelo Thalys, trem de alta velocidade (sempre com promoções para compras antecipadas), é de uma hora e meia.
Faltando poucos dias para viajar, com o roteiro esquematizado que incluía seis dias em Paris, recebo um email divulgando uma promoção de última hora de passagens de trens. Com um preço extremamente tentador, não deu para resistir. Foi preciso elaborar às pressas um mini-roteiro de um dia e avisar aos companheiros de viagem que passaríamos um dia na Bélgica.
Apesar de precisarmos acordar cedo e da chuva e frio no dia da visita, o passeio foi ótimo. Com exceção das fachadas de prédios Art-Nouveau fora do centro e do Museu Horta deu para cumprir praticamente todo o roteiro.
Com apenas um dia visita, seria preciso abrir mão de algumas caminhadas para agilizar os deslocamentos. Por isso, ao desembarcamos na Estação Brussel-Zuid/Bruxelles-Midi, compramos um passe de transporte para um dia abrangendo viagens ilimitadas de ônibus, metrô, tram e trens suburbanos.
Como éramos três e faríamos mais de três viagens cada, optamos por comprar passes individuais de 24 horas. Para um grupo menor, ou que vá utilizar menos transportes, pode valer a pena investir na compra de um cartão de transporte, que pode ser partilhado, e fazer uma carga de 10 viagens.
A primeira parada foi o Atomium, que fica no bairro de Heysel/Heisel, um pouco afastado do centro. Da estação Midi pode-se escolher entre o metrô linha 6 (direção Koning Boudewijin/Roi Baudoin) ou o tram 51 e descendo na parada Heysel.
Para aqueles que vão com crianças a região é um plena de atrações. Além do Parque Mini-Europe, que oferece diversas combinações de ingressos, ficam ali perto o Parque Óceade e o Planetarium. É programa para um dia inteiro ou até mais.
Como nosso tempo era curto, depois do Atomium demos uma espiada no Palácio de Exposições construído para a Exposição Mundial de 1935 antes de voltarmos para o centro para tratar de assuntos eminentemente intelectuais como batatas fritas, waffles e chocolates.
Para não passarmos por incultos, elegemos um único museu para visitar: o de Histórias em Quadrinhos. Ele fica em um magnífico prédio Art Nouveau com projeto de Victor Horta. O Centre Belge de la Bande Dessinée fica na Rue des Sables 20. A estação de metrô mais próxima é a Botanique, servida pelas linhas 2 e 6.
Bem perto dali ficam os famosos Café A La Mort Subite, as Galeries Saint-Hubert, o Centre Culturel du Botanique, a área de lojas da Rue Neuve, a Place de Brouckère, a Opéra Royal de La Monnaie e a Cathédrale Saint-Michel et Gudule.
Com uma breve pausa para chuva e “frites” (em enormes cones de papel cheios de batatas com maionese), seguimos para a área da Grand-Place, para conhecer o Hôtel de Ville, a Îlot Sacré, e o Museu da Cidade, que fica na Maison du Roi.
Não deixamos de fora o mais que famoso Manneken Pis, que fica na esquina da Stoofstraat (ou Rue de L`Etuve) com Eikstraat (ou Rue du Chêne). Super concorrido e sempre rodeado de turistas, fotografá-lo gerou um certo cansaço que precisou ser compensado com mais um waffle, dessa vez com chantilly.
Vimos também o Palais Royal, as Gares Centrale e du Nord, o Quartier Royal, o Palais des Beaux-Arts, o Musée des Instruments de Musique, em um lindo prédio art nouveau, e o Musées Royaux des Beaux-Arts.
Após a vista ao centro, seguimos para a parte alta da cidade para ver a sede da Comissão Europeia. Como estávamos próximos da estação de Metrô Arts-Loi/Kunst-Wet e embarcamos na linha 5, direção Stockel, descendo na estação Schuman (A linha 1 também serviria). A hora da volta se aproximava, e tomamos o mesmo metrô na direção inversa.
Da estação Arts-Loi fizemos correspondência com a linha 6, direção Heyzel, saltando na Gare Du Midi para pegar o trem de volta para Paris. Tivemos ainda tempo para uma digna despedida de Bruxelas: uma rodada de chocolate quente.
Olá,
Fiquei curiosa: afinal, que língua é falada em Bruxelas?
A Bélgica faz fronteira com a Alemanha? Você falou em Mini-Europa. É o Madurodam?
Oi de novo:
Fiquei pensando nesta batata com maionese… Acho que deve ser meio enjoativo. Tem opção de batatas fritas com Ketchup?
Gostaria de ir de Paris a Bruxelas, mas não nesse trem veloz. Tem como fazer a viagem de ônibus?
Oi Aline,
Falam frances e flamengo que é um holandes um pouco diferente. Quem fabrica placas de rua deve se dar bem, pois elas são nas duas línguas gastando um bocado de letras. Acho que o flamengo deveria ser chamado logo de belguês prá facilitar.
Sim, a Bélgica faz fronteira com a Alemanha, com a Holanda, com a França e com Luxemburgo. Dá samba programar uma chegada por Bruxelas e ir rodando de carro pelos países vizinhos. Isso dá roteiro.
O Madurodam é outro parque que fica ali pertinho na Holanda, próximo à Haia. Não conheço, masconsta que é melhor que o Mini-Europe. Dê uma olhada no site para ficar com água na boca http://www.madurodam.nl/?page=1
Ah! As batatas fritas belgas. Eu pedi as minhas com maionese e ketchup, vale a pena provar a maionese deles: é maravilhosa. A grande maioria das lojas oferece as batatas com dois molhos.
A ideia do trem é para dar tempo de fazer o passeio de um dia. Você nem percebe a velocidade.
Se quiser ir de ônibus também dá. A viagem dura cerca de quatro horas. Dá para comprar online e imprimir em casa a passagem. São cerca de dez partidas por dia, saindo o último às sete da noite de Bruxelas. Comprando com antecipação é mais barato que o trem, mas demora…
Ir de trem é além de mais rápido, mais tranquilo. Dá para voltar em um horário mais tardio e aproveitar mais um pouco de Bruxelas. Outra vantagem é o desembarque em Paris na Gare du Nord, muito melhor conectada e perto do Ccentro do que a longínqua Rodoviária em Gallieni.
Aline,
Indo de ônibus e voltando de trem dá para aproveitar também a paisagem. Como a viagem de ônibus leva perto de quatro horas é bom considerar um pernoite em Bruxelas.
Com relação a chocolate,é impressionante a quantidade de lojas em Bruxelas com aquelas enormes fontes e aquele aroma inebriante. É difícil voltar da Bélgica com chocolates: existe uma lenda (criada agora) que mantê-los na bagagem por muito tempo dá azar. É prudente comê-los o quanto antes.
Ai que delícia essas batatas….impossível não experimentar…e os molhos são maravilhosos também…adorei conhecer Bruxelas…a Bélgica é muito bonita, diversos lugares desconhecido por muitos que vão Europa… eu tive a oportunidade de conhecer e recomendo!
Elisabete,
Faltou falar dos waffles com chantilly e dos chocolates da Leonidas, na Galerie Ravenstein. Deliciosas lembranças…