Este é o terceiro post da saga (Acompanhe aqui e aqui também ) que mostra como se pode percorrer pontos turísticos de uma cidade gastando muito pouco e fugindo dos caros e batidos ônibus que fazem “city tours”. Além da economia de dinheiro, esses passeios em transportes públicos convencionais proporcionam ao turista a oportunidade de além de conhecer as atrações, se sentir quase como um habitante local. A experiência de conviver com a rotina dos moradores pode ser mais enriquecedora do que ficar encarapitado em uma gaiola de Babel junto com um bando de fotógrafos ensandecidos.
A bola da vez é o mais que conhecido bonde que percorre diversas atrações turísticas em Lisboa. O lendário electrico 28E é figurinha fácil em guias e manuais de turismo. Dez entre dez visitantes fazem o percurso. Imagino que o lisboeta que utiliza a linha como meio habitual de transporte deva ficar tiririca por ter que dividir os poucos assentos com um bando de estrangeiros. A sorte é que a maioria fica pouco tempo no mesmo bonde. Os lugares logo vão vagar, pois assim que aparece uma atração, (e são muitas) desce uma leva de turistas e sobe outra. O fluxo é realmente enorme, mas o entra e sai dá a oportunidade para quem está dentro de sentar e descansar um pouco.
A linha 28E liga a Praça de Martim Montes no bairro da Mouraria ao cemitério dos Prazeres em Campo de Ourique. Em seu trajeto passa por toda a zona histórica da cidade, como a Graça, Alfama, a Baixa Pombalina, Chiado e Bairro Alto.
Aqui, algumas das atrações ao longo do percurso do electrico 28E: Igreja da Graça, Convento de Santo André e Santa Marinha, Igreja de São Vicente de Fora, O Campo das Cebolas onde nas terças e sábados acontece a conhecida Feira da Ladra, o Largo das Portas do Sol, o Miradouro de Santa Luzia, o Castelo de São Jorge, a Sé – Catedral de Lisboa, o Arco da Rua Augusta e a Praça do Comércio.
Pensa que acabou? É hora de subir novamente. Dessa vez, passando pelo Chiado, pelo Convento de São Francisco, Igreja de Nossa Senhora do Lúrio, Largo de Camões, Mirante de Santa Catarina, Elevador da Bica, a Igreja dos Paulistas, a Assembléia da República, o Largo e a Basílica da Estrela, e ufa, Campo de Ourique.
É possível comprar um bilhete unitário a bordo para cada viagem. Considerando que será irresistível descer e subir numerosas vezes, a alternativa do passe de transporte de um dia (veja aqui) é uma estupenda comodidade e uma bestial economia.
Quem tiver a sorte de visitar a capital de Portugal no festivo mês de junho (e não sofrer de claustrofobia) deve ficar atento a um evento que vem acontecendo nos últimos anos com enorme sucesso. O “Fado no Eléctrico 28”, organizado, pela Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), apresenta nas quintas feiras do mês duas viagens com apresentação de fadistas a bordo.
Informações sobre tarifas, horários e itinerário do Electrico 28E:
http://www.carris.pt/pt/electrico/28E/ascendente/
Sítio da EGEAC:
http://www.egeac.pt/DesktopDefault.aspx
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