Uma alternativa bastante interessante e que muita gente deixa de lançar mão quando compra uma passagem aérea de ida e volta para a Europa é a possibilidade de voltar para casa partindo de uma cidade diferente daquela por aonde chegou.

Nos sítios das companhias aéreas, atende pelas alcunhas de múltiplos trajetos, múltiplos destinos, multi city, multi escalas, multi trechos e outras variações em cima do tema. O que muita gente não sabe é que com raras exceções o custo da passagem é o mesmo que o de uma viagem Brasil-cidade X/cidade X-Brasil. Optando por chegar em uma cidade e voltar para casa de outra, é possível conhecer pelo menos dois lugares legais sem grandes despesas.

Por ser um continente com países muito próximos uma viagem à Europa proporciona a oportunidade de se conhecer dois ou mais deles com deslocamentos rápidos, utilizando variados meios de transporte  e com preços muito convidativos. Você só precisa decidir para onde e de que forma quer ir e comprar a passagem entre essas cidades.

Com a ajuda das empresas aéreas de baixo custo e dos trens de alta velocidade com passagens compradas online, conhecer mais de um país europeu é extremante fácil, barato e estimulante. Montar um roteiro nesses moldes é como jogar uma partida de “War”. Aguça nossos dotes de estrategista e aumenta os conhecimentos de geografia.

Tenha o cuidado de segurar a empolgação. Estabeleça limites razoáveis de tempo de permanência em cada cidade. Existem ofertas absurdamente tentadoras, mas não é por causa disso que você vai transformar suas férias em uma gincana carregando malas para cima e para baixo. Não tem graça chegar em casa extenuado e sem ter visto nada além de filas de embarque.

Antes de comprar a passagem transoceânica, é bom ver como serão feitas as ligações entre as cidades pretendidas. Se são viáveis, se acontecem nos dias em que se quer viajar e se os horários são convenientes. Escolher uma única direção pode evitar voltar atrás, aumentando os percursos e diminuindo o tempo para aproveitar em cada cidade. Muitas vezes inverter o caminho, chegando por onde se pretendia sair resolve.

Tão logo confirme a compra da passagem grande, parta para as intermediárias. Nem todas as rotas das empresas de baixo custo são feitas diariamente e existem uns horários bem cascudos, tipo ter que acordar às três da manhã. A demora na reserva pode implicar em comprar a passagem mais cara, ou pior, não encontrar mais assentos.

Quase sempre passagens transoceânicas  para o país a que pertence a companhia aérea na Europa são mais caras do que um destino em outro país. Se você viaja em uma empresa francesa, escolha, por exemplo chegar pela Itália e voltar pela Espanha. Se a empresa é espanhola, entre pela Alemanha e saia pela França. Isso não é regra, mas a prática é bem comum. Vale a pena sentar no computador e fazer diversas simulações no sítio de cada uma delas.

Dependendo da data da viagem, muitas empresas aéreas fazem promoções, oferecendo paradas gratuitas em seu país de origem. Isso pode ser vantajoso, desde que haja interesse em conhecer essa cidade, porque é menos uma passagem de ligação que se compra. Antes de fechar o negócio, telefone para o serviço de atendimento ao cliente para saber que ofertas estão rolando e em são condições são oferecidas essas paradas.

Na qualidade de viajante com bicho carpinteiro,sou useira e vezeira dessa prática. Não me conformo em ficar confinada em um avião por tantas horas para, visitar apenas uma cidade, tendo outras tão bacanas e tão perto. Mas essa fissura tem lá seus limites . Se a viagem é de curta duração, o melhor a fazer é aproveitar com qualidade um único destino. (Mas não custa pesquisar se tem um bate e volta interessante pela área, não é?)